Primeiramente, gostaria de deixar claro que não sou nenhuma entendida em cinema. Nem vejo tantos filmes assim, na verdade não vejo quase nada... Mas achei que seria pertinente compartilhar aqui o impacto que esse filme teve em mim, quem sabe alguém aí não assiste e gosta também? Espero que gostem :)



Acabei de assistir ao filme ''Que Horas Ela Volta?'' De Anna Muylaert, com Regina Casé desempenhando um papel fortíssimo, e muito bem, por sinal. Do seu sotaque pernambucano até seus gestos e expressões ela conseguiu encarnar a incrível Val, o que contribuiu muito para a profundidade que a história teve.

Resumidamente, o filme conta a história de uma família de classe média alta de São Paulo, que conta com uma empregada doméstica muito carismática, a Val, que mora com a família há anos e tornou-se inclusive uma figura materna para Fabinho (Michel Joelsas) o filho único, muito negligenciado pela mãe, que vive preocupada com seu trabalho na indústria da moda ou com a próxima social que vai dar.



A estabilidade da casa é quebrada quando Jéssica, filha de Val, aparece em São Paulo para se preparar para o vestibular, o mesmo que Fabinho prestaria, por sinal. E é aí que nascem os questionamentos e as críticas do filme, a velha falácia de ''Ela é praticamente da família'' muito repetida por Dona Bárbara é colocada em jogo, o que faz quem assiste pensar bastante sobre todas essas imposições sociais não ditas que infelizmente seguimos sem perceber.

Não quero falar muito sobre o filme e dar spoiler, mas já digo que é bom se prepararem para tomar muitos tapas na cara, como diz a queridíssima Jout Jout (Colocarei o vídeo em que ela fala desse filme mais abaixo no post). Me vi como Fabinho, consegui imaginar diversas famílias dentro desse contexto, e posso dizer que fui arrebatada pelo filme.

Se você não viu ainda, corre que dá tempo! Além do mais, vamos dar uma forcinha para o cinema brasileiro!

Trailer:

Vídeo da maravilhosa Jout Jout:

Veja o filme online aqui



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